Or you may end like this

What to do when you're bored

Mess with other people's photos

Please, no paparazzi

I don't have my makeup on

Point of no return

What would you do if you knew that you're going to die in 2 weeks?


Neste momento gostava de ser Alberto Caeiro. Simples e pastoril. Viver das sensações. Isto de pensar mata. Tomar consciência da brutalidade da realidade cansa.

Vi-te há duas semanas. Passaste por mim e achei-te mais pálida, cansada. Nesse dia em que te vi estavas tu (ainda) longe de saber a realidade. Hoje sabes tu e sei eu.

Provavelmente a próxima coisa que saberei de ti é pela minha mãe e vai ser a pior das notícias.

Pois nestes dias que te restam, aproveita ao máximo. Poderia dizer-te aquela frase batida do Carpe Diem. Mas isto dizemos quando somos novos, quando temos a ânsia da liberdade na alma e nenhuma preocupação na vida.

A frase está escrita nos meus livros de finalista e nas fitas da faculdade, mas nunca lhes dei importância. Sempre fui uma rapariga saudável. A morte não espreita aqui.

O engraçado é que na vida existe, realmente, aquele momento que muda tudo. Que nos faz ver o quão frágeis nós somos e que um sopro é suficiente para apagar uma vela.

A questão, para a maioria de nós, é que não sabemos quando vamos morrer. Por isso, claro que importa aproveitar o dia! E dizemos Vamos ser malucos! É que podemos morrer amanhã num estúpido acidente de automóvel sem dar por isso!

Agora tu sabes que tens os dias contados. E cada dia que passa é sempre o primeiro do resto da tua vida. És uma bomba-relógio.

Se eu estivesse no teu lugar deixava tudo para trás e dedicava cada dia às pessoas que amo. Porque mais do que viveres a vida ao máximo, aproveita para amares ao máximo.

Pelo menos era assim que eu gostava de ser recordada.

Vale a pena

Tenho recebido algumas queixas pela falta de actualização do blog. Pois, eu já tinha avisado que agora ando com o tempo encurtado. Estou com um desafio profissional deveras emocionante e aquilo puxa tanto pelo intelecto que quando chego a casa só me apetece dormir.

Mas agora que descobri esta pequena invenção que se chama pen drive posso escrever os textos no trabalho e depois publicar quando chegar a casa.

Por isso, entre velhas com joanetes e rabos nº 58, tenho tempo de contar a minha última aventura na Serra de Sintra.

Eu e o Vasco decidimos, num impulso, ir ver o Palácio da Pena. Estava tudo a correr muito bem até chegarmos a Sintra. Seguimos as setas que nos indicavam o palácio e decidimos estacionar logo na primeira entrada. Sorte das sortes, era a entrada mais longe. Segundo o segurança que estava nessa entrada, eram “apenas” 900 metros e “só” 15 minutos a pé. A verdade acabou por se revelar mais cruel – demoramos mais de meia-hora por caminhos de mato e floresta, sempre a subir, sem o calçado adequado e sem comer.

Confesso que tivemos a nossa quota parte de culpa em demorar tanto tempo. Mal entramos no parque deu-me uma vontade daquelas de fazer xixi. Sem casas-de-banho por perto (a mais próxima era mesmo no palácio), resolvi responder a chamada da natureza a um cantinho (descobri depois que era um ponto turístico e que agora tem mais um motivo de visita) e ia sendo apanhada por um casal de turistas que apareceu lá de repente.

Depois disto, nem tínhamos andado 5 metros quando parámos para apreciar uns gansos que existem nos lagos da serra e eu deixei cair dentro de água o mapa com o percurso pedestre até ao palácio. Estavamos, então, os dois no meio do parque natural da Pena sem mapa e sem comida. Decidimos seguir em frente, guiarmo-nos pelas setas que iam aparecendo e de vez em quando pedir aos outros turistas para nos deixarem consultar o mapa deles.

O resultado foi aquele que já contei. Demoramos o dobro do tempo a chegar ao palácio, andamos as voltas, fomos pelo caminho mais longo e ainda discutimos quando cada um tinha uma teoria sobre que percurso seguir.



Finalmente o palácio! Estava a uma subida de distância. Não sei é se costumam lavar aquilo com óleo, porque aquela pequena calçada a subir escorregava imenso. Por cada passo a frente, recuavamos dois.



Depois da escalada chegamos MESMO ao castelo. Decidimos ir pedir outro mapa quando a senhora da bilheteira nos avisa que o tempo de espera para entrar no edifício era de 2 horas e meia. O QUÊ??? Era 1 da tarde, tínhamos fome, só queríamos ver o palácio para ir almoçar... Reparamos que havia um restaurante e fomos espreitar o menú, para ver se havia alguma coisa que eu pudesse comer. Nada ao alcance do meu Crohn e, sobretudo, da nossa carteira.

Aguenta barriga e vamos é para a fila. Bendita a hora que assim o fizemos. Tínhamos, talvez, umas 25 pessoas a nossa frente. 5 minutos depois olhamos para trás e deviam ser mais de 100. Naquela hora e meia que estivemos a espera para entrar só víamos a fila a aumentar. Foi até conseguirmos deixar de ver o fim. E durante essa hora e meia, a fila nunca avançou. Simplesmente não deixavam ninguém entrar. A fome apertava e pensávamos em desistir. Mas só os bilhetes tinham custado 22 euros e podia ser que estivesse quase.

A fila que se formou em menos de nada atrás de nós


Mas não eramos os únicos insatisfeitos. De repente, muita gente começou a reclamar e então lá deixaram entrar cerca de 100 pessoas. Nem queríamos acreditar que já lá estávamos dentro. O contentamento não demorou muito. Assim que fizemos a curva vimos... uma nova fila. Para quem não conhece a Pena, o palácio está dividido em 3 zonas. A, B e C. O turista pode comprar um bilhete que lhe permita ver tudo ou apenas uma zona. Aquela fila era para entrar na zona A, que é o palácio propriamente dito. Nós tínhamos o bilhete com tudo incluído e não queríamos ver o palácio só pela metade. Visitamos a zona B e a C, que não tinham filas, e lá fomos para a fila da A. Devagarinho lá nos fomos chegando até à entrada, a nossa volta só ouvíamos falar espanhol, mas não desanimamos. O desânimo veio mesmo quando entramos dentro do palácio, onde vimos que depois da fila para entrar, tínhamos mais duas filas pela frente, uma para aceder a capela e outra para o quarto da rainha (estava concorrida, coitada!).

O Vasco na fila para a zona A


No total, mais de uma hora lá dentro, quando aquilo se vê em 15 minutos. Mas valeu a pena. O cansaço, as cãimbras, o vento, o frio, a fome. Quanto a esta última foi resolvida em Cascais, as 4 e meia da tarde.

A bored child

Uma mensagem para ti

Quero pedir desculpa ao único leitor deste blog pela falta de postagens, mas não tenho tido tempo nem sequer para pensar.

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